Escorregadelas da maternidade, ou: o tiro que saiu pela culatra
Num rompante confessional do qual muito me envergonho, começo contando para vocês que venho incutindo em minhas inocentes filhotas um hábito nefasto: algumas vezes, no carro, desligamos o som e vamos cantando, nós quatro, em coro.
Nefasto por que?, vocês me perguntam. Cantar em família não é ilegal, nem imoral, nem engorda. Bem, o problema é o repertório. Shame on me por ele, mil vezes. Vou cumprir penitência até o fim da vida, já sei.
Fato é que eu, muito irresponsavelmente, permiti-me em um (ok, um não, vários) momento de desatino dividir com minhas pequenas alguns pecadilhos descabidos da minha infância. Vai daí que a playlist destas ocasiões inclui Menudos (poizé) e (argh mil vezes) Xuxa. Das antigas, mas ainda assim, Xuxa. Ela mesma.
Fato é que eu, muito irresponsavelmente, permiti-me em um (ok, um não, vários) momento de desatino dividir com minhas pequenas alguns pecadilhos descabidos da minha infância. Vai daí que a playlist destas ocasiões inclui Menudos (poizé) e (argh mil vezes) Xuxa. Das antigas, mas ainda assim, Xuxa. Ela mesma.
Então, julguem-me. Eu mereço.
Resultado prático disso é que as duas mais velhas andaram cantarolando 'Lua de Cristal' por aí e ouviram de outras crianças - igualmente traumatizadas por pais irresponsáveis pelo lixo musical dos anos 80 - a triste revelação: pois é, além de música, a Xuxa fazia filme. A falta de noção da década perdida não teve limites, isso nem se discute.
Resumido o caso, eis o dilema: apresento às minhas inocentes filhotas o clássico trash mór da minha pré-adolescência, 'Super Xuxa contra o baixo astral'? A pergunta que não quer calar.
Façam suas apostas.
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