12 anos, parte II


"quero
tua risada mais gostosa
esse teu jeito de achar
que a vida pode ser maravilhosa"

minha menina-moleca.
meu sopro de liberdade, pequena-grande alma solta no vento.
tão de braços abertos diante da vida,
tão sem medo das coisas muito grandes,
tão bem disposta a rolar solta na grama, a soprar ao vento infinitos dentes-de-leão,
a rir de todas as coisas, como se a vida tivesse dedos compridos a lhe fazer cócegas nos cantos da alma
todos-os-minutos-de-todos-os-dias.
teus olhos miúdos e doces são pra mim como uma grande cortina,
eles se abrem e me mostram coisa que eu nunca vi,
lugares onde nunca pisei,
ideias que nunca tive,
coisas mirabolantes que nunca pensei.
é tudo novo, é tudo brilhante, é tudo tão colorido
e a minha alma se enche de desejos de mastigar nuvens como se fossem feitas de algodão-doce
e de andar contigo de mãos dadas sentindo o vento bater no rosto,
dizendo coisas bobas e rindo até doer a barriga.
do que eu aprendo contigo pequena, todos os dias:
sobre a dor e a delícia da gente ser o que é,
sobre a liberdade da gente abrir as asas sem temer o tombo,
sobre a boniteza da gente rir e chorar de uma vez só, uma coisa grudada na outra,
sobre a grandeza da gente ver a vida sempre com olhos de primeira vez.

minha menina,
minha estrela-guia,
te amo.

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